segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Influências.


Na infância, época onde não tinha poder de escolha sobre o que ouviria, era submetido por meu pai a doses cavalares do cd de Natalie Cole, de cabo a rabo. Vez por outra Tony Bennett, James Taylor, Phil Collins... Ou a coletâneas que continham versões instrumentais de "O Barquinho" de Roberto Menescal e "Arrastão" de Vinicius de Moraes e Edu Lobo. Depois, mais velho, quando pude escolher, lembro que roubei da casa do meu pai, por livre e espontânea vontade, dois cds de duas grandes feras da música: B.B. King e Tom Jobim.

Parece que os hábitos do meu velho tinham dado algum resultado.


Hoje tenho algumas composições instrumentais inspiradas em obras de artistas como Andy McKee, José González, Nick Drake entre outros.

Ouço bastante também, artistas de talento reconhecido já a muito tempo como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton, e etc.
São grandes influências alguns virtuoses da música instrumental: Egberto Gismonti, Toninho Horta, Arismar do Espirito Santo, Hermeto Pascoal e etc. Gosto também de caras de uma geração mais nova, mas não menos talentosos como: Lenine, Paulinho Moska, Lobão, Marcelo Camelo, entre muitos outros. Poderia falar na música contemporânea internacional, mas prefiro não me alongar.

Digo isso tudo para agora chegar ao motivo que me fez vir até aqui escrever.

Achei justo fazer aqui - lugar mais apropriado não poderia haver para tal ato - reverência à minha maior influência. Minha maior influência que hoje se resume a quase nada no que diz respeito ao som que eu faço, mas é sim a maior influência por ser minha fonte de água límpida. Meu primeiro contato foi com ele e ele, "em carne-e-osso", me acompanhou por toda a infância e por boa parte da adolescência - período onde eu conheci o violão e me enveredei por caminhos diferentes.

(Meu pai frequentava muitas rodas de samba e me levava a tiracolo. Poderia contar inúmeras histórias aqui, mas, como já disse, não quero me alongar. O texto já tá ficando até grande demais.)

Vim aqui hoje prestar homenagem ao samba e relembrar a mais remota memória que eu tenho de samba na vida. Ele continua presente no meu sangue, e por isso, por mais que hoje eu tenha preferências que estejam distantes dele, não poderia renegar minhas origens.

Ela é Uma Cara de Pau - Partideiros do Plá

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